os momentos despendidos aqui são de reconciliação com a vida

quinta-feira, 28 de maio de 2009

amizade é rama
de flor de abacate
passarinho sem ninho voando
palavra gostosa de ler
e de levar.

traço de traça troncuda,
tracejando trilho de trem;
solzinho mansinho da manhã,
ocaso acaso opaco (poente poento).

uva carnuda, que delícia!
versos matutinos, que bons de ler!
confraternizações imaginárias!
sereno das noites de chuva iminente...

ponho meus sentimentos
pelos amigos em tudo
presto homenagens ontológicas
planto sementes no céu
para que eles colham frutos maduros
e colho também
os que eles plantam.

3 comentários:

  1. E faço questão de plantar,
    acima de tudo,
    um tempo incerto entre presente;
    entremente;
    e o presente passado que é futuro e resguardo.

    Carne que nasce do impulso
    de ter sem reter
    aquilo que somos
    sem saber que somos.

    Não nos escolhemos,
    no máximo encolhemos,
    aguardando a dádiva poética
    que aflora e permeia o céu
    que inventamos a semear.

    tudo é fruto
    ou, quiça, possibilidade de fruto.
    tudo é flor para quem nasce flor,
    dentro de peito,
    calado ou intenso.

    Onto onto onto onto
    Não me importo
    a não ser o jogo
    tonto
    que nos faz menos e mais
    certo incerto
    capaz incapaz
    de sentir o que cala.
    O que muda.
    O que mudo.

    Palavras cegam?
    Talvez...
    Mas teremos cuidado com os muros que carregamos nos olhos
    e então seremos mártires de nós mesmos.

    Viva o impulso que impele a escrita!!!
    Viva nós, viva a humanidade, viva o TODO!!!

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  2. "Viva eu (ou melhor, vocês!) que inauguro no mundo
    um estado de bagunça transcendente!"

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  3. "o amor é como um grão
    morre nasce trigo
    vive morre pão"

    G. Gil

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