"Tempo, te dou memória de ti mesmo
pela mão do meu ser. Eu te dou tempo,
esta a tua verdade, eu que te invento
e te permito doer - e tu me mordes
e degradas o sol das minhas pálpebras
e me instigas feiuras escondidas
e esgarças a espessura do meu sono,
mas me vingo de ti, e quase te amo
porque nunca me gastas a esperança."
Thiago de Mello
os momentos despendidos aqui são de reconciliação com a vida
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
NOVA POSTAGEM
novo nada tenho
todo sou arremedo interno
sem medo doquevinha doqueé doqueserá
intermezzo externo.
cada passo é eterno:
presente existe
passado sombra
futuro quem dirá.
cada qual com sua sacola
carrega o que pode; o sol de cada um brilha
giracantaereluz como um ponto
no ano-luz
que cala nas bocas errantes.
meu nome é adivinhação:
boa sorte.
todo sou arremedo interno
sem medo doquevinha doqueé doqueserá
intermezzo externo.
cada passo é eterno:
presente existe
passado sombra
futuro quem dirá.
cada qual com sua sacola
carrega o que pode; o sol de cada um brilha
giracantaereluz como um ponto
no ano-luz
que cala nas bocas errantes.
meu nome é adivinhação:
boa sorte.
sábado, 8 de janeiro de 2011
Não, pequena,
tu não existes.
Quem sabe assim,
longe de mim,
pareças uma flor, um pássaro.
Mas tudo te reduz
perante os frenesis
que tua ausência faz nascer
em meu canto.
Ausência tua
ou de vôo que invento?
Não, pequena,
não te importes.
É belo por si
esse transis que,
se não arremedo,
ao menos desejo.
Ele reluz como um parênteses
(vazio)
e enche de ar um texto (DENSO) que não consegue se dar ao luxo,
sequer,
de vírgulas.
Me aduzes
e não saio de minhas cobertas.
Talvez a memória seja mesmo uma manta que aquece
e faz as células se re-inventarem.
Caminho nas bordas do mundo,
em um instante vou
do fundo à tona
da tona ao fundo.
Te ter,
mesmo não te tendo,
são pontes-pênsis moles
instáveis e belas
sobre o oceano das idéias.
No meio do caminho me perco
e, te encontrando vejo,
nas estranhezas humanas,
um oásis.
tu não existes.
Quem sabe assim,
longe de mim,
pareças uma flor, um pássaro.
Mas tudo te reduz
perante os frenesis
que tua ausência faz nascer
em meu canto.
Ausência tua
ou de vôo que invento?
Não, pequena,
não te importes.
É belo por si
esse transis que,
se não arremedo,
ao menos desejo.
Ele reluz como um parênteses
(vazio)
e enche de ar um texto (DENSO) que não consegue se dar ao luxo,
sequer,
de vírgulas.
Me aduzes
e não saio de minhas cobertas.
Talvez a memória seja mesmo uma manta que aquece
e faz as células se re-inventarem.
Caminho nas bordas do mundo,
em um instante vou
do fundo à tona
da tona ao fundo.
Te ter,
mesmo não te tendo,
são pontes-pênsis moles
instáveis e belas
sobre o oceano das idéias.
No meio do caminho me perco
e, te encontrando vejo,
nas estranhezas humanas,
um oásis.
Assinar:
Postagens (Atom)