os momentos despendidos aqui são de reconciliação com a vida

domingo, 23 de dezembro de 2012

tudo aquilo que perdemos
nos constitui

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

o poema calado borda reticências
a mulher veste incertezas,
provoca.
e sobra pouco
sorrisos, olhares.
não me diga de cabelos,
estão para próximas.
pequenos animais restam na noite,
rastejam,
remoem,
ruminam.
todos vacas à procura do leite,
da teta,
do que move o que não se sabe.
todos bois querendo o chifre,
o que sobra do deleite,
do gesto.
o resto do gosto.
que faz brotar poema.
no fundo é só o que funda.

sábado, 1 de dezembro de 2012

noite

cada qual cuida de si próprio

embebidos em suas disfunções

cumprem suas funções

e calam suas angústias

acorde menor

lá menor

ando já como nunca andei

sozinho carrego o peso de nada ter comigo

sozinho carrego o peso de estar sozinho

dói menor

o ponto que é como cisto

que come carne 

que range no poema

si menor

está meu discernimento

pouco cala o que consinto

e desejo

fá, fé

menor

o mundo anda

descalço

sem saber por onde ir