os momentos despendidos aqui são de reconciliação com a vida
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
Hoje, ao tentar comparar duas coisas aparentemente opostas, tive como resultado dos primeiros passos das comparações a certeza de que elas se distanciavam a cada pensamento, cada algo se territorializando em suas certezas, afirmando suas diferenças e como num movimento de definição de identidade se certificando de suas características. Depois, sem a menor possibilidade de entender o ponto onde uma transformação enevoada se deu em minha cabeça, a comparação morreu e me restou a certeza de que elas eram iguais, a mesma coisa. E que elas, iguais, mesmas coisas, geravam distâncias entre si, pariam distâncias entre suas crias e criavam disparidades que no acontecer se igualavam. Eu achei que aquilo era Deus.
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
comomnos velhod tempos
ebria postagemn
com erros de digitação
もう無理
agoira tantas coisa atravessan a
língua
o lápis
o tesão
embriagado de ausencia
minha ressaca é de virtude
vinho, poesia
certamente comigo levo
elevo-ns alto ao céu
em palavra
e pesquiso
uma forma mai singela
de daqui sair
com não necessariamente
classe nem pose
ou posse
mas com coraç]ao
vernelho
daquele que caminha junti
com vocês
faz tempo
hora em silencio
hora em alto e bom estrondo
e em verso
sempre
verso
caminho conosco
a saudade
reina
em coração
intestino, bexiga
e no blog
palavras
a nóis
xóra
ebria postagemn
com erros de digitação
もう無理
agoira tantas coisa atravessan a
língua
o lápis
o tesão
embriagado de ausencia
minha ressaca é de virtude
vinho, poesia
certamente comigo levo
elevo-ns alto ao céu
em palavra
e pesquiso
uma forma mai singela
de daqui sair
com não necessariamente
classe nem pose
ou posse
mas com coraç]ao
vernelho
daquele que caminha junti
com vocês
faz tempo
hora em silencio
hora em alto e bom estrondo
e em verso
sempre
verso
caminho conosco
a saudade
reina
em coração
intestino, bexiga
e no blog
palavras
a nóis
xóra
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
O encontro da pedra com o barro
do baixo do lamaçal bruto
escorre um lodo
e do lodo
fez-se barro
e do barro fez-se pedra
;
do alto do lamaçal bruto
brasa mora
brisa bora
a mora, b mora, c mora. D mora
pra entender atender a demanda
de si
redemoinho de pensamentos em parafusos
brita deiras
brinca deira
brisa, bora!
ali, no ponto,
aquele difícil de dizer
e desdizer,
brota brota brota brota
mas não diz
não condiz com o som
com bis; que bis?
chocolate, música?
não sabe.
brota brota brota brota
bote navega
no lodo
boto navega
no barro
brita
deira deira deira
de ideias.
ilhas serpentinas
mora mora mora
tudo
no centro do lamaçal bruto.
escorre um lodo
e do lodo
fez-se barro
e do barro fez-se pedra
;
do alto do lamaçal bruto
brasa mora
brisa bora
a mora, b mora, c mora. D mora
pra entender atender a demanda
de si
redemoinho de pensamentos em parafusos
brita deiras
brinca deira
brisa, bora!
ali, no ponto,
aquele difícil de dizer
e desdizer,
brota brota brota brota
mas não diz
não condiz com o som
com bis; que bis?
chocolate, música?
não sabe.
brota brota brota brota
bote navega
no lodo
boto navega
no barro
brita
deira deira deira
de ideias.
ilhas serpentinas
mora mora mora
tudo
no centro do lamaçal bruto.
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Poema que fiz depois de ver a exposição do Amyr Klink
toco o barco e o mar
me toca
com sua mão azul
o mar me toca
e me lembra
velho amigo
me lembra
de sonhos adormecidos
aconchegados
em mim no barco
no mar
princípio e fim
em não em sim
sonhos à sombra
do salgueiro sakura
momiji buriti
à sombra da vela
do barco
envereda-me um
sonho, sonhos
de jovem, sussurro
de Hesse, tesouro
de mãe, mão
o mar azul me
toca, velho amigo
princípio e fim
em ti, em mim
e o sonho
sonhos
sempre ali
(Av. Paulista, Conjunto Nacional, quarta-feira a tarde, 24/09)
me toca
com sua mão azul
o mar me toca
e me lembra
velho amigo
me lembra
de sonhos adormecidos
aconchegados
em mim no barco
no mar
princípio e fim
em não em sim
sonhos à sombra
do salgueiro sakura
momiji buriti
à sombra da vela
do barco
envereda-me um
sonho, sonhos
de jovem, sussurro
de Hesse, tesouro
de mãe, mão
o mar azul me
toca, velho amigo
princípio e fim
em ti, em mim
e o sonho
sonhos
sempre ali
(Av. Paulista, Conjunto Nacional, quarta-feira a tarde, 24/09)
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Impressões de Roma
Roma
atemporal Roma, desterritorializada.
Roma das mil línguas, das mil cúpulas
dos gatos das pombas das gaivotas.
Roma em obras, reformando antiguidades; andaimes tecnológicos que não encostam na pedra esculpida há séculos atrás.
Roma do passado intangível, história materializada na rocha, Roma
tão pequena e tão grande Roma
inexplicável Roma
comum, ordinária... calor, pernas à mostra
Roma do turismo, da multidão amorfa
que caminha
que aluga
que gasta
que compra
que come
que não te conhece
Roma da contemplação, da amplidão urbana
modernidade torta, esquisita
Roma das estátuas que tanto dizem, da água de suas fontes
sinos de igrejas atravessando seu território
Roma das muralhas, dos pequenos caminhos,
das mulheres, dos desejos, das imaginações,
dos loucos e das loucas
dos jovens e dos velhos, tão romanos!
tão rica e tão pobre
Roma, dos pequenos caminhos, dos romanos e das romanas,
do Pink Floyd na calçada, pebolins e ping-pongs na beira do rio, teu grandioso rio,
Roma do Trastevere e suas pontes.
Roma tão apaixonada e apaixonante que às vezes beira o ridículo.
Roma que me recebeu com sol e agora se despede com tempestade,
cidade ciumenta, cidade à flor da pele que exala o sonoro italiano
por todos os poros...
giornata .buangiorno.
por todas as vias, praças, vícolos...
spaguetti. artigianale.
Confesso que não entendi muito de sua vida, tampouco de sua sabida história.
Contudo, entendi um tanto da natureza de tuas Pedras.
Arrivederci!
atemporal Roma, desterritorializada.
Roma das mil línguas, das mil cúpulas
dos gatos das pombas das gaivotas.
Roma em obras, reformando antiguidades; andaimes tecnológicos que não encostam na pedra esculpida há séculos atrás.
Roma do passado intangível, história materializada na rocha, Roma
tão pequena e tão grande Roma
inexplicável Roma
comum, ordinária... calor, pernas à mostra
Roma do turismo, da multidão amorfa
que caminha
que aluga
que gasta
que compra
que come
que não te conhece
Roma da contemplação, da amplidão urbana
modernidade torta, esquisita
Roma das estátuas que tanto dizem, da água de suas fontes
sinos de igrejas atravessando seu território
Roma das muralhas, dos pequenos caminhos,
das mulheres, dos desejos, das imaginações,
dos loucos e das loucas
dos jovens e dos velhos, tão romanos!
tão rica e tão pobre
Roma, dos pequenos caminhos, dos romanos e das romanas,
do Pink Floyd na calçada, pebolins e ping-pongs na beira do rio, teu grandioso rio,
Roma do Trastevere e suas pontes.
Roma tão apaixonada e apaixonante que às vezes beira o ridículo.
Roma que me recebeu com sol e agora se despede com tempestade,
cidade ciumenta, cidade à flor da pele que exala o sonoro italiano
por todos os poros...
giornata .buangiorno.
por todas as vias, praças, vícolos...
spaguetti. artigianale.
Confesso que não entendi muito de sua vida, tampouco de sua sabida história.
Contudo, entendi um tanto da natureza de tuas Pedras.
Arrivederci!
segunda-feira, 28 de julho de 2014
segunda-feira, 2 de junho de 2014
pensamentos dispersos
essa náusea angustiante quando está se fazendo milhares de coisas e com a sensação de não estar fazendo nada
ensinar não se ensina nada. ensinar é mostrar ao outro como se despertou aquele fogo dentro de si, ao ver esse fogo o indivíduo que o tem dentro começa a perceber como ele pode despertar seu fogo
ensinar não se ensina nada. ensinar é mostrar ao outro como se despertou aquele fogo dentro de si, ao ver esse fogo o indivíduo que o tem dentro começa a perceber como ele pode despertar seu fogo
terça-feira, 27 de maio de 2014
POUSADA PRIMAVERA
uma flor
no escuro
me pergunta
como é ela flor
sem a luz do dia;
logo então a capturo
e no broto-imagem vejo
aquele pouco de passado
e um pouco tanto de futuro;
por isso decidi que já não durmo
e saio brindando as cores da noite.
no escuro
me pergunta
como é ela flor
sem a luz do dia;
logo então a capturo
e no broto-imagem vejo
aquele pouco de passado
e um pouco tanto de futuro;
por isso decidi que já não durmo
e saio brindando as cores da noite.
domingo, 25 de maio de 2014
domingo, 11 de maio de 2014
Poema para Max e os Felinos
Poema para Max e os Felinos
Numa manhã me alimento
de vidas jovens
que logo se tornam maduras
e então velhas
vidas humanas
vidas felinas
que também nelas habitam.
Numa manhã, às gotas
de meu suor descendo a
pele
avisto e sinto
em minha vida, entrejovem ainda
também felinos,
ronronantes, guinchantes
quietos e temerosos.
Aguardo o bote
com curiosidade,
imaginando a direção
a qual irão atacar.
O brilho do olho de minha vida
reluz
como o daquele jaguar.*
"Max e os Felinos" é um livro de Moacyr Scliar, lançado em 1981.
Foi oficialmente reconhecido como a inspiração para o livro "A vida de Pi", de Yann Martel, que depois foi adaptado para o cinema com título homônimo.
Eu vi o filme em 2012, e, ao saber da inspiração nessa história de um autor brasileiro, fui atrás do livro de Scliar. Li-o em um dia, em janeiro deste ano, e gostei muito.
Dessa leitura relâmpago numa tarde quente de verão brasileiro, pulou um poema.
Reli o poema esses dias e fiquei afim de publicá-lo aqui, e fazer-lhes a seguinte pergunta: Vocês já escreveram algum poema em homenagem a algum filme/livro? Ou até mesmo, em homenagem a algum outro poema?
domingo, 4 de maio de 2014
O ERRO (poema para um objeto inanimado)
nos subterrâneos do cotidiano, algo escuso dava errado.
se esquivava o erro a cada tropeço que pudesse levar a encontrá-lo.
se escondia atrás de seus pares semelhantes, porém nunca iguais.
somente no momento em que despertou sua especifidade no desejo alheio, o erro, transbordou.
e foram tantos sentimentos simultâneos que o erro pareceu semelhante a uma gargalhada.
e o erro ria e ria.
e que erro era!, daqueles grandes que tinham corpo, matéria, som.
aquele erro tinha muita história de acerto.
peso de passado.
aquele erro já tinha sido carregado nas costas, de lado, dentro do carro, sobre a cabeça, na bicicleta.
sua especialidade era ficar no colo, e quando estava no colo, o erro cantava, sempre cantava.
e nunca tinha sido erro.
o erro já tinha viajado, sido emprestado.
baita erro cheio de experiências!, desconfio que ele, inanimado, até tenha amado.
sido amado sim, tinha sido muito amado, por tantos dedos que tangiam com cuidado o agora erro, desaparecido.
o que transformou o algo que era no atual erro errado, sumido, despetalado, sem pernas, apoios, cotovelos, ombros, esqueleto?
o erro foi desaparecer.
mas o que desaparece se encontra.
procuro o erro para dele fazer surgir algo, torto que seja, mesmo que continue errado, mas cheio de vida e presença.
se esquivava o erro a cada tropeço que pudesse levar a encontrá-lo.
se escondia atrás de seus pares semelhantes, porém nunca iguais.
somente no momento em que despertou sua especifidade no desejo alheio, o erro, transbordou.
e foram tantos sentimentos simultâneos que o erro pareceu semelhante a uma gargalhada.
e o erro ria e ria.
e que erro era!, daqueles grandes que tinham corpo, matéria, som.
aquele erro tinha muita história de acerto.
peso de passado.
aquele erro já tinha sido carregado nas costas, de lado, dentro do carro, sobre a cabeça, na bicicleta.
sua especialidade era ficar no colo, e quando estava no colo, o erro cantava, sempre cantava.
e nunca tinha sido erro.
o erro já tinha viajado, sido emprestado.
baita erro cheio de experiências!, desconfio que ele, inanimado, até tenha amado.
sido amado sim, tinha sido muito amado, por tantos dedos que tangiam com cuidado o agora erro, desaparecido.
o que transformou o algo que era no atual erro errado, sumido, despetalado, sem pernas, apoios, cotovelos, ombros, esqueleto?
o erro foi desaparecer.
mas o que desaparece se encontra.
procuro o erro para dele fazer surgir algo, torto que seja, mesmo que continue errado, mas cheio de vida e presença.
quinta-feira, 1 de maio de 2014
" A Flor Do Pessegueiro"
"Colhi, ontem, uma flor de pessegueiro, e oferecí-a à minha bem-amada. A boca da bem-amada é tão pequena e tão rósea como a flor do pessegueiro.
Apanhei, depois, no ninho, uma andorinha de asas negras, e a oferecí à bem-amada. Suas sobrancelhas se parecem com as asas da andorinha.
Hoje pela manhã, estava murcha a flor do pessegueiro, e a andorinha fugira pela janela que deita para a Montanha Azul.
Mas a boca de minha amada continuava cor de rosa e suas negras sobrancelhas não tinham voado."
Apanhei, depois, no ninho, uma andorinha de asas negras, e a oferecí à bem-amada. Suas sobrancelhas se parecem com as asas da andorinha.
Hoje pela manhã, estava murcha a flor do pessegueiro, e a andorinha fugira pela janela que deita para a Montanha Azul.
Mas a boca de minha amada continuava cor de rosa e suas negras sobrancelhas não tinham voado."
sexta-feira, 28 de março de 2014
temchão
Tem chão
tanto
terra firme
quanto
chão de estrelas
tem chão
tanto
pra ir
quanto
pra plantar
tem chão
tanto
no meio dia, sol na cara, sandália no chão,
quanto
na meia noite, sandália no sol, cara no chão
tem chão.
tenchão: parece uma palavra só.
quinta-feira, 20 de março de 2014
palavras
às vezes
não passam
de sons.
não que os sons,
arautos do porvir,
esses sons remoídos
filhos do desejo
ou dos acontecimentos,
talvez órfãos,
ou nascidos em proveta,
tenham que calar.
mas eu proclamo agora:
teus sentimentos mais inexplicáveis
clamam para que portas sutis
timpânicas, se abram.
palavras
às vezes
não passam
de sons.
então junto comigo, ceda a ti,
e proclame agora:
é tempo de silêncios,
segunda-feira, 10 de março de 2014
domingo, 9 de março de 2014
A PALAVRA
Matéria prima
Matéria bruta
Arbusto
Árvore
Busto de deusa.
Desejo
Busco
Insaciável
O gosto
Da palavra.
E descubro
Fico com frio
E dispo
Fico com medo
E danço
Então,
Travesseiro.
Matéria bruta
Arbusto
Árvore
Busto de deusa.
Desejo
Busco
Insaciável
O gosto
Da palavra.
E descubro
Fico com frio
E dispo
Fico com medo
E danço
Então,
Travesseiro.
quinta-feira, 6 de março de 2014
quarta-feira, 5 de março de 2014
Gripe
Frio
que arrebate o nariz
faz gotejar as pernas
tremelico louco
coberto por cobertas
-casacos-
ausência de cheiros
preguiça infinita:
não de escrever no meio da loucura um poema na nuvem do dia.
o céu está cinza?
claro que não, são as idéias...
gripe não é doença, doença é ausência de poema,
isso é que faz um mal danado.
que arrebate o nariz
faz gotejar as pernas
tremelico louco
coberto por cobertas
-casacos-
ausência de cheiros
preguiça infinita:
não de escrever no meio da loucura um poema na nuvem do dia.
o céu está cinza?
claro que não, são as idéias...
gripe não é doença, doença é ausência de poema,
isso é que faz um mal danado.
Poema para um corpo distante
farto de materialidades
nutro o jardim de rosas, arredores do que tento ser,
com a matéria sonora que me envolve agora.
descubro meu corpo,
fico nu perante os sons graves;
me atordoa o movimento cíclico que toma conta da atmosfera do instante presente.
caminho pelo oceano de meus pensamentos
e nele revelo
uma saudade
que insiste em ser
olho d'água
em ser
fonte
,e assim, defronte ela,
balbucio lágrimas neutras
distantes das compreensividades
quase o mesmo tanto que dista, no campo da matéria,
o corpo distante motivador desse movimento de dedos, punho e não sei mais o quê.
germina uma rosa.
nutro o jardim de rosas, arredores do que tento ser,
com a matéria sonora que me envolve agora.
descubro meu corpo,
fico nu perante os sons graves;
me atordoa o movimento cíclico que toma conta da atmosfera do instante presente.
caminho pelo oceano de meus pensamentos
e nele revelo
uma saudade
que insiste em ser
olho d'água
em ser
fonte
,e assim, defronte ela,
balbucio lágrimas neutras
distantes das compreensividades
quase o mesmo tanto que dista, no campo da matéria,
o corpo distante motivador desse movimento de dedos, punho e não sei mais o quê.
germina uma rosa.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
grava
na memória
como se tudo fosse perene
o nó que se fez
as anotações em giz
que te são importantes
mas já não sei
o que passa
o que passou
cada sempre é um novo
e cada novo é uma angústia
e cada angústia é cheia de palavras
que têm vontade de serem escritas
já eu, poço de nadas,
morada de moréias elétricas,
cada qual com seu pedaço de mim,
me desfaço e não me reconheço,
cada instante é um instante de incerteza,
e então as brindo
e brinco, seguro de si,
só para quem está de fora,
sozinho deito no chão
e choro,
rolo lágrimas.
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
sábado, 25 de janeiro de 2014
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Nossa plenitude
Quero te dizer também que nós, as criaturas humanas, vivemos muito (ou deixamos de viver) em função das imaginações geradas pelo nosso medo. Imaginamos consequências, censuras, sofrimentos que talvez não venham nunca e assim fugimos ao que é mais vital, mais profundo, mais vivo. A verdade, meu querido, é que a vida, o mundo dobra-se sempre às nossas decisões. Não nos esqueçamos das cicatrizes feitas pela morte. Nossa plenitude, eis o que importa. Elaboremos em nós as forças que nos farão plenos e verdadeiros.
Lygia Fagundes Telles
em As Meninas
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