farto de materialidades
nutro o jardim de rosas, arredores do que tento ser,
com a matéria sonora que me envolve agora.
descubro meu corpo,
fico nu perante os sons graves;
me atordoa o movimento cíclico que toma conta da atmosfera do instante presente.
caminho pelo oceano de meus pensamentos
e nele revelo
uma saudade
que insiste em ser
olho d'água
em ser
fonte
,e assim, defronte ela,
balbucio lágrimas neutras
distantes das compreensividades
quase o mesmo tanto que dista, no campo da matéria,
o corpo distante motivador desse movimento de dedos, punho e não sei mais o quê.
germina uma rosa.