os momentos despendidos aqui são de reconciliação com a vida

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Bora?

CG  (SP) – ASSIS – CURITIBA – PORTO ALEGRE – MONTEVIDÉU – (IDA E VOLTA) + 300 KM = 5632 KM

FUSCA + OU - = 10 KM/LITRO
TANQUE FUSCA = 40 LITROS = 400 KM

1500 PILA DE GASOSA/4= 375 PILAS PRA CADA

PRA VIAJAR LEGAL= UNS 700 PILAS CADA?

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Uma frase

"É temerário cavar abismos nos afetos humanos; não que eles se aprofundem ou escancarem - mas voltam a fechar-se com enorme rapidez!" 


Nathaniel Hawthorne, no conto Wakefield.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

trechinho de poema do leminski pro aniversário do Pepo.

(*)Ler trevas. Nas letras, ler tudo que de ler não te atrevas. Ler mais. Ler além. Além do bem. Além do mal. Além do além. Horas extras e etecéteras, adeus, amém. Busquem outros a velocidade da luz. Eu busco a velocidade da treva.










Trechinho mesmo, localizado no final do poema "R", no livro LA VIE EN CLOSE, de Paulo Leminski.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

na escuridão eterna

o povo estremece

meu pulso se aquece

enquanto a cidade

parece

caverna

confissão de uma saudade

apagão em são paulo


possibilidade pra todo lado

tudo que eu queria

era estar acompanhado

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

apagão

sem luz o instinto grita
aos ninhos os animais retornam
raros são aqueles que saem em busca
do mistério e do silêncio
que a luz oculta

bicho voraz e incompreendido
é esse que em mim habita;
meu corpo busca
nas intempéries imprevisíveis
palavras que revelem sentidos incompreensíveis:
a noite do blackout
se assemelha à treva de meu existir

além da solidão
outro presente nos dá o apagão

o silêncio

bandos de pessoas com medo
cruzam, atravessam meu poema
e sozinho, sem desviar os olhos do papel,
mais os atormento que encanto.

menos luz!
quero menos luz!

caminhar no escuro é uma dádiva
melhor metáfora
fecho os olhos e corro pelas campinas de pedra
me entrego ao tempo mais primata e animalesco
e agora vejo: sou poeta.

sinto o frio da noite infinda
e não tiro a caneta do papel que não vejo
e não me visto, a nudez é parte do ritual

Sinto

Fluo

estou junto com todo o universo
uma galáxia explode
um empresário chora sua desgraça
em casa avós rezam para seus deuses
os ladrões estão à solta
carros explodem uns nos outros
um velho decrépito procura sua dentadura
um bebê japonês em gritos porque o video game não funciona
o último capítulo da novela interrompido
o último capítulo do clássico será lido à luz de velas
no puteiro um porco não encontra a camisinha
o casal tem o maior orgasmo de sua vida
um garoto de 13 anos se atira torre abaixo
uns se refugiam com geradores
outros se embriagam
e eu
na esquina mais absurda de minha vida
escrevo um poema
sem porquê
sem nada
um simples poema sem luz.

domingo, 8 de novembro de 2009

é doce escrever no blog.

espaço inconcluso
inverso revertério de sons
desmaterialidades.

aqui nosso sopro é de eternidades.

sábado, 7 de novembro de 2009

poema para meus 22 anos de idade

no tanto que se foi
ou se desfez
carrego um pouco
pouco muito
deste espaço inútil
pra viver o que não vivi.
Esbranqueio as páginas
e me deixo fazer quadro:
sem expectativa ou desejo
te proclamo artista de mim;
dentre tudo
tudo espero e deito
nada espero e aceito
os distúrbios do em fim.
Já não escrevo como outrora
tinta papel e feito
um pássaro me deu asas
e eu, mesmo sem jeito,
voei.
Alçado no largo lar de meu peito
o vôo:
compreendo quase tão somente
rastros alheios
comprometidos ou descomprometidos
eu existo nos teus gestos
e gosto mesmo é das cores
e dos ventos.