os momentos despendidos aqui são de reconciliação com a vida

quinta-feira, 28 de março de 2013

Poemeto Contemporâneo

Memórias que sangram.

Singram os defeitos internalizados

ladeiras de superações se impõem

e desafios de personalidades rastejam por entre a noite

de lua cheia.

Singelas

as lembranças minam de profundezas

olhares miram o tênue véu que cobre o lago

da memória.

Moram no despejo inusitado

lodos de certezas fundas, caminhos  desvariados,

cada qual arremessa seu pedregulho e forma ondas

pequenos desvãos nos cursos previsíveis

sendas inusitadas germinam de palavras que moldam o mundo

golas de camisas comuns que vestimos,

dia-a-dia,

detalhes que engolem o que nasce e cola no esôfago,

goles de poemas que brindam a asia, o desuso, a infinita

sede desse impetuoso fim de calar as calhas que colhem os restos;

dados ao léu

disfunções que distam de sedes

eus silenciosos.

Seus.

Zeus.

Deus(zes).

Sau.

Dades.

Ades.

(^)

sexta-feira, 15 de março de 2013

cada sentimento se mistura

uma imagem traz a tona

à margem

toa aquilo que cobre

descobre aquilo que destoa

e que outrora

guardava convicto

de que o silêncio

fazia dormir as palavras

intui o erro

caminho verdejante sobra sozinho

e a grama queima

sobra do mato pouco

os animais fogem

galinhas

cobras

macacos

micos ficam

pulando de galho em galho

de gole em gole

de fala em fala

sem vergonha

como uma criança que fala um absurdo

sem saber que é um absurdo.