os momentos despendidos aqui são de reconciliação com a vida

terça-feira, 1 de setembro de 2009

reflexão sobre educação (e tantas outras coisas que me atormentam)

certa hora parei a reflexão e considerei que não poderia ser educador
pois como prerrogativa o educador deveria em si
ter plena felicidade.
no entanto, percebi que por ter compreendido,
mesmo não a tendo, sou capaz e por isso tenho
outras ótimas possibilidades.
mas acabo por achar que preferiria simples felicidade, contudo
não consigo vislumbrar um único feixe de luz
que ajude-me, na névoa caótica
de minha cabeça,
descobrir um nada de felicidade.
não posso estabelecer conexões entre as coisas
e tudo está ligado a tudo.
essa bruma me cega, e nada distinguo.
paisagens, pensamentos, figuras, posturas, objetos, pessoas, cores, sentires, fazeres,
nada é em si, tudo é sombra e não vejo fronteiras
entre bem e mal;
entre sim e não.
não acredito em nada pois nada é:
e penso sobre minhas palavras
e elas tampouco são...
estou grávido do caos
nasce em mim compulsivamente tudo que se anula
e já não sei conceber vida ou morte;
não sei conceber o real e o irreal:
os prazeres morrem logo após o parto.
esqueci-me da existência
e nada sei de absolutamente nada,
tudo é só mente,
mentira.

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