os momentos despendidos aqui são de reconciliação com a vida

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

THE POEM WICH I DO NOT WRITE

Me bateu certo quê
de Whittman,
lembrei dos ventos
de Cummings,
ouvi um canto
dos pássaros
de Valparaíso,

e vi as sombras
do Mupejo
numa Roda
que gira,
gira.

O silêncio.

Estou aqui nessa cantina,
anônimo.
Ninguém sabe quem sou
eu.

Teço
às margens de mim mesmo
um segredo
que nos revela.

Que nos degela.

Sinto a cera quente
que edifica minha alma,
e escrevo um poema
para que nunca mais
e eternamente
esteja assim:

Silêncio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário