os momentos despendidos aqui são de reconciliação com a vida

domingo, 14 de junho de 2009

Compreender

"Fragmentos de um discurso amoroso" - Roland Barthes

"Que é que eu penso do amor? - Em suma, não penso nada. Bem que eu gostaria de saber o que é, mas estando do lado de dentro, eu o vejo em existência, não em essência. O que quero conhecer (o amor) é exatamente a matéria que uso para falar (o discurso amoroso). A reflexão me é certamente permitida, mas como essa reflexão é logo incluída na sucessão das imagens, ela não se torna nunca reflexividade: excluído da lógica (que supõe linguagens exteriores umas às outras), não posso pretender pensar bem. Do mesmo modo, mesmo que eu discoresse sobre o amor durante um ano, só poderia esperar pegar o conceito "pelo rabo": por flashes, fórmulas, surpresas de expressão, dispersos pelo grande escoamento do Imaginário; estou no mau lugar do amor, que é seu lugar iluminado: 'O lugar mais sombrio, diz um provérbio chinês, é sempre embaixo da lâmpada.' "

essa era boa para ter levado naquela roda literária!

Um comentário:

  1. gostou então, do livro?
    eu adoro o capítulo que fala de fazer uma cena.
    me identifico!

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