os momentos despendidos aqui são de reconciliação com a vida

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

acordo tarde
depois de prolongar o sono ao máximo

a chuva cessa
e põe dúvidas no ar

algo como a humidade relativa

esse ar respiro
com um prazer sádico
e meu corpo tão querer cheio de si
é renovado
maltrapilho
descorado

já não estou mais para dúvidas
sou rizomas

infinitos rozomas que
garantiriam
o porvir

quase frio

mas uma lembrança
por vezes insiste em vitória

como um lapso de memória
que não se apaga, quase,
por vingança

e joga na minha cara animal
esses ares que por mim não respirava

a conjugar desaprendi
o verbo amar

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