os momentos despendidos aqui são de reconciliação com a vida

quinta-feira, 15 de abril de 2010

para valorizar o costume

saio para a noite
com um pequeno caderno
porém
com grandes ambições

numa noite tatuada escura
de estrelas fugidias
meu coração que urra
frente às vontades tardias

vacilando entre opostos
crio gostos e desgostos
pensamentos que já nascem mortos
parecendo meus esgotos

vago

entre um ser que reclama
e já tem certezas
e outro que proclama
quando tromba incertezas

e assim me crio
e aceito.
regorgito um poema frio
sem vontade de nascer,
quase sem carinho,
preconcebido, antes feito.

durmo sozinho.

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