yes.
as direções dos rumos
surpreendem.
a vida,
em seu limite,
surpreende.
o que é o limite
da vida?
a morte?
ou a embriaguez?
agora acho
que ambos.
e então
yes.
no limite da vida,
escrevo um poema
para meus amigos
pois morro
a cada segundo
que vivo
[e estou bêbado, quem diria!
e sendo assim
sou franco:
às vezes viver a poesia
é difícil prá caralho.
mas a gente,
de vez em quando,
equece e tenta.
sem medo de não ser gostado.
ouve o som do ritomo
do coração
e da lua.
e ouve o som
da letra
tecida.
seja virtual,
seja de papel.
é vida.
é o que vale
a pena.
e por ela
embriaguemo-nos.
até amanhã.
[com orgulho da ressaca.
Sempre com muito, muito orgulho! Afinal, já parafraseou o ingenioso hidalgo Don Quixote de La Mancha, nosso grande Cavaleiro da Triste Figura: "escutemo-lo, que pelo cantar lhe conheceremos os pensamentos, porque, quando o coração transborda, a língua fala."
ResponderExcluirE não importa nada a não ser o fato único e inevítavel que é essencial à nossa condição atormentada (da qual me orgulho e faço questão): QUE SEMPRE, SEMPRE TRANSBORDE.
e que a língua fale!
ResponderExcluirque o corpo inteiro fale!
fale, fale, fale.
sempre, sempre.
fale, fale.