caí no mundo como um engano.
um anjo muito burro,
atrapalhado em suas tarefas celestiais,
deixou-me (eu, essa metade de errante esperança)
cair em um pedaço de carne ( hoje esse meu corpo, pela metade)
sem pertenença alguma.
assim despertei-nos a brincar de realidade.
sendo cada um qual de si
escapava à razão a sapiência
de todos os fragmentos que compunham a existência.
Nenhum Visconde Medardo, nenhum canhão único e maniqueísta:
cada um continha em si incontáveis canhões
cada partícula despedaçada,
porém compondo.
Todos derretidos,
vinham sempre, todo todos uns aos outros.
Contudo, o "sermos juntos"
sempre esbarrava num detalhe:
o ser se sê, se sem amento
que tudo tudo
cada qual
seu meio-a-meio.
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