"Fragmentos de um discurso amoroso" - Roland Barthes
"Que é que eu penso do amor? - Em suma, não penso nada. Bem que eu gostaria de saber o que é, mas estando do lado de dentro, eu o vejo em existência, não em essência. O que quero conhecer (o amor) é exatamente a matéria que uso para falar (o discurso amoroso). A reflexão me é certamente permitida, mas como essa reflexão é logo incluída na sucessão das imagens, ela não se torna nunca reflexividade: excluído da lógica (que supõe linguagens exteriores umas às outras), não posso pretender pensar bem. Do mesmo modo, mesmo que eu discoresse sobre o amor durante um ano, só poderia esperar pegar o conceito "pelo rabo": por flashes, fórmulas, surpresas de expressão, dispersos pelo grande escoamento do Imaginário; estou no mau lugar do amor, que é seu lugar iluminado: 'O lugar mais sombrio, diz um provérbio chinês, é sempre embaixo da lâmpada.' "
essa era boa para ter levado naquela roda literária!
gostou então, do livro?
ResponderExcluireu adoro o capítulo que fala de fazer uma cena.
me identifico!