Tempo seco, não?
Pois é.
Seco tá meu coração.
É sério!
E todos os orifícios do meu corpo doem.
Dói prá assoar o nariz
Dói prá cagar
Prá respirar também dói.
Agora o coração
Apesar de muito bem escoltado pela minha couraça
Guardado e preservado como obra-de-arte em museu
E muito bem irrigado, diga-se de passagem
Padece mais que tudo.
Mais que o próprio padecer.
É que às vezes me bate que o homem tá muito perverso
E reclamar da umidade do cerrado me parece frívolo à beça.
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