o poema calado borda reticências
a mulher veste incertezas,
provoca.
e sobra pouco
sorrisos, olhares.
não me diga de cabelos,
estão para próximas.
pequenos animais restam na noite,
rastejam,
remoem,
ruminam.
todos vacas à procura do leite,
da teta,
do que move o que não se sabe.
todos bois querendo o chifre,
o que sobra do deleite,
do gesto.
o resto do gosto.
que faz brotar poema.
no fundo é só o que funda.
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