entre as clareiras do corpo
suspira, o carnaval finda
insistem cinzas ainda
deixando um cheiro de morto
faço da chance um cinzeiro torto
se mostra a mim uma chance linda:
que a poeira da festa advinda
pudesse transmutar-se em conforto
sem dar nome aos bois
mantenho-me sem qualquer meta
sem medo do que pode vir depois
minh'alma permanece inquieta
e não sou mais um, tampouco dois;
algo como uma eternidade incompleta.
pedro, vc é poeta
ResponderExcluirUm soneto! Que bonito!
ResponderExcluirque delicia!
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