...brotou-me um novo poema que se mexe cheio da tão conhecida saudade.
um relâmpago atingiu-me enquanto eu dormia, enchendo-me de algo que me fez voar. sentia que nascia de novo, como se nunca antes tivera nascido. e noutro estado então me encontro. não sou mais sólido, como noutros dias. tampouco sou algum líquido. hum, se o fosse, seria alcoólico. sou algo de etéreo. como o vento, mas não tanto. queimo como o fogo, mas não faço arder. não causo bolhas. não faço estrondos exatamente audíveis,embora o que causo, diga-se de passagem, compara-se à certos efeitos pirotécnicos. li numa vez, de madrugada, num livro... chamavam: EXPLOSÃO!.
renascido,
ResponderExcluirnão percebi de onde veio o relâmpago;
nascido da mão de um deus
do peito meu
do fervilhar da linguagem
da loucura, devaneio de uma triste figura
ou de uma noite
na qual responder a um poema era tarefa simples, segura.
voei-me voava aterrisei
porém, não importa,
no primeiro ensejo religuei-me.
não me ofuscam os sentidos ou
as sensações que latentes estão em mim.
tenho um clarão no peito,
milhões de elétronsneutronsprótons
ou amor
(qualquer coisa que seja energia).
e apesar de não deixar marcas claras,
fuljo no mundo um estranhamento:
nada pode ser como era antes de eu existir.
(pretensão demasiada? me lixo, dá gosto escrever essas palavras)
não, eu não sou deus dos homens.
tampouco seu escravo. hum, se o fosse
seria asno. louco. mago. bruxa.
nada poderia me dar mais prazer que estar do lado de fora das existências mesquinhas.
sim, sou algo de etéreo.
espalho meu canto por todos os cantos do universo
e, sem existir, deixo perguntas para todos,
quase incertezas, dúvidas sobre as definições.
prazer. tenho todos os opostos em mim.
e continuo a existir no mesmo mundo que você.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluiralgo de cósmico atravessa minha existência.
ResponderExcluirsinto a luz
de uma estrela,
milhares de anos-luz distante
rasgando
meu corpanzil-prisão
frágil demais,
efêmero demais perante
a eternidade.
me faço poeira estelar
me ajunto
e deixo o infinito me esculpir
corpo celeste
me introduzir na sua noção de tempo
pra me descobrir novamente
efêmero.
me liberto novamente para ser pura energia.
atravesso todos os corpos
debochadamente.
rio. risos n´água.
minha inquietude só pode ser comparável
à de um feto de nove meses.
me espalho por tudo.
por todos.
me espelho.
flerto com galões de gasolina e diesel
insano.
mandaria tudo pelos ares
se fosse explosivo
(estava aqui testando as minhas propriedades),
o poder sempre traz idéias assim.
mas acontece que sou energia pura e simples.
energia vital.
centelha que faz mover todo o universo
centelha que se move no devir do universo
dentre tantas outras zilhões de centelhas
tão decisivas como nenhuma delas é
e como todas elas são
mancomunando-se inconscientes.
e a vida se faz.
e a vida se fez.
volto ao meu corpanzil-prisão
e minha luz rasga estrelas na noite.
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surgiu este post de um livro que li há muitos e muitos anos. não me recordo bem como era mas está lá, na minha estante. o que dele trago comigo é a metafísica (vocês me trouxeram lampejos recuerdos inspiradíssimos pelo livro que provoca terremotos reflexivos em nossas almas. impossível ler impunemente.), além da lembrança da dolorosa história da Macabéa. vou pegar pra ler uma tarde dessas.
untei os tres num primeiro ensejo
ResponderExcluirvamos arrumando
jony, mudei tua diagramação pra ficar mais no esquema, dá uma zoiada
um relâmpago atingiu-me enquanto eu dormia, enchendo-me de algo que me fez voar.
sentia que nascia de novo, como se nunca antes tivera nascido.
e noutro estado então me encontro. não sou mais sólido, como noutros dias.
tampouco sou algum líquido. hum, se o fosse, seria alcoólico.
sou algo de etéreo. como o vento, mas não tanto.
queimo como o fogo, mas não faço arder.
não causo bolhas.
não faço estrondos exatamente audíveis,
embora o que causo,
diga-se de passagem,
compara-se à certos efeitos pirotécnicos.
li numa vez, de madrugada, num livro... chamavam: EXPLOSÃO!
renascido,
não percebi de onde veio o relâmpago;
nascido da mão de um deus
do peito meu
do fervilhar da linguagem
da loucura, devaneio de uma triste figura
ou de uma noite
na qual responder a um poema era tarefa simples, segura.
voei-me voava aterrisei
porém, não importa,
no primeiro ensejo religuei-me.
não me ofuscam os sentidos ou
as sensações que latentes estão em mim.
tenho um clarão no peito,
milhões de elétronsneutronsprótons
ou amor
(qualquer coisa que seja energia).
e apesar de não deixar marcas claras,
fuljo no mundo um estranhamento:
nada pode ser como era antes de eu existir.
(pretensão demasiada? me lixo, dá gosto escrever essas palavras)
não, eu não sou deus dos homens.
tampouco seu escravo. hum, se o fosse
seria asno. louco. mago. bruxa.
nada poderia me dar mais prazer que estar do lado de fora das existências mesquinhas.
sim, sou algo de etéreo.
espalho meu canto por todos os cantos do universo
e, sem existir, deixo perguntas para todos,
quase incertezas, dúvidas sobre as definições.
prazer.
tenho todos os opostos em mim.
e continuo a existir no mesmo mundo que você.
algo de cósmico atravessa minha existência.
sinto a luz
de uma estrela,
milhares de anos-luz distante
rasgando
meu corpanzil-prisão
frágil demais,
efêmero demais perante
a eternidade.
me faço poeira estelar
me ajunto
e deixo o infinito me esculpir
corpo celeste
me introduzir na sua noção de tempo
pra me descobrir novamente
efêmero.
me liberto novamente para ser pura energia.
atravesso todos os corpos
debochadamente.
rio. risos n´água.
minha inquietude só pode ser comparável
à de um feto de nove meses.
me espalho por tudo.
por todos.
me espelho.
flerto com galões de gasolina e diesel
insano.
mandaria tudo pelos ares
se fosse explosivo
(estava aqui testando as minhas propriedades),
o poder sempre traz idéias assim.
mas acontece que sou energia pura e simples.
energia vital.
centelha que faz mover todo o universo
centelha que se move no devir do universo
dentre tantas outras zilhões de centelhas
tão decisivas como nenhuma delas é
e como todas elas são
mancomunando-se inconscientes.
e a vida se faz.
e a vida se fez.
volto ao meu corpanzil-prisão
e minha luz rasga estrelas na noite.