Já faz um tempo
que não choro
e tampouco escrevo
um bom poema
(daqueles que faz
o mundo parar
para depois girar
mais leve)
Queria que fosse
meu o pranto
que hoje molha
a cidade,
e minhas
as mãos que
tocam o piano
da sétima música
do álbum.
Noutra espécie
de blues ou jazz,
minhas são apenas
as mãos sozinhas
que vão desenhando
em vermelho
no caderno
algo sobre a chuva.
E então
algo sob a chuva
em mim
dança
por entre as
luzes e sombras
de minha casa.
faz tempo que não choro
ResponderExcluirtenho medo de nunca mais chorar
faz tempo que não tanto
tenho medo de nunca mais tentar
não sou
só existo
sob o cisco