é consequência de algo que me atino
algo que mora no peito agitado
que é saber que estou vivo
escrever me escrevo
desde sempre com orgulho
todavia reconheçoum instante claro
momento indubtavelmente raro
em que meu pulso desobriu o ensejo poético
desde então infinitamente corro
volteio o mundo
morro morro morro
e aquilo indelével em mim procuro
através do corpo em que me perco
em mim não existo
parafraseando thiago de mello
só sou quando em verso
e talvez mesmo o inverso
de não ser e saber nada com este falatório
mesmo que néscio
perpetuo indizíveis brados
que percorrem tua alma no silêncio
sou eterno.
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