Me utilizar daquilo que sou
E de tudo o que sopra em mim
Para fazer nascer nas palavras
Algo que não seja de meu conhecimento:
Eu.
Você.
Nós.
Somos um?
Às vezes temo ser tu
E temo que sejas eu
Por quê?
Pois assim minhas suposições não seriam em vão,
não seriam errôneas,
e você (eu?) teria que me (te?) ouvir.
Só há um problema:
O ânimo que já não floresce em meu peito,
e eu, mesmo sabendo o por quê, não sei como lutar.
Tupã Papa Tenondé
ResponderExcluir(O que abraça a Criação)
O nome do sopro
que embala, no vento,
o alerta, o lamento,
da voz do tambor...
E agita a folhagem
silente, da mata,
beijando, de orvalho,
semente, chão, flor...
Inspira as passadas
das águas que correm,
no rumo do ventre
primeiro, do mar...
E acende nas noites,
fogueiras de estrelas,
regando os caminhos
com mel do luar...
O sopro que escreve
no peito guerreiro,
os cantos sagrados
da ancestralidade...
Que não teme a morte,
se mão inimiga
pretende oprimida
a Mãe Liberdade...
O nome que emprenha
o seio da Terra
e marca, no Tempo,
o sol do amanhã...
E arquiva os anseios,
a glória, a história,
do povo vermelho,
num corpo cunhã...
O nome do sopro
É Vida, é TUPÃ