ou se desfez
carrego um pouco
pouco muito
deste espaço inútil
pra viver o que não vivi.
Esbranqueio as páginas
e me deixo fazer quadro:
sem expectativa ou desejo
te proclamo artista de mim;
dentre tudo
tudo espero e deito
nada espero e aceito
os distúrbios do em fim.
Já não escrevo como outrora
tinta papel e feito
um pássaro me deu asas
e eu, mesmo sem jeito,
voei.
Alçado no largo lar de meu peito
o vôo:
compreendo quase tão somente
rastros alheios
comprometidos ou descomprometidos
eu existo nos teus gestos
e gosto mesmo é das cores
e dos ventos.
Muito lindoo, estava procurando um poema para meus 22 anos e encontrei o seu, mas ele é muito pessoal, queria um que fosse geral...
ResponderExcluirVou seguir aqui ;)
Beijos!!!